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CHARLY TRIBALLEAU / Time Protestos contra Elon Musk em frente a um stand de automóveis Tesla Nova Iorque, 29 março 2025 |
sound + vision
sábado, março 29, 2025
A IMAGEM: Charly Triballeau (2025)
Lucy Dacus, Opus 4
À beira de completar 30 anos, a norte-americana Lucy Dacus acaba de lançar Forever Is a Feeling, o seu quarto álbum de estúdio, quatro anos depois de Home Video. Cantora e compositora, ela que pertence também ao trio boygenuis, permanece fiel a uma estética neo-romântica cada vez mais depurada nas suas harmonias e na precisão poética das palavras — este é o teledisco de Ankles, uma deliciosa parábola museológica (literalmente...).
Dream Requiem, Rufus Wainwright
Para descobrirmos Dream Requiem, a obra musical de Rufus Wainwright baseada num texto de Lord Byron e na Missa de Requiem da Igreja Católica — com Meryl Streep como narradora; Orquestra Filamnórnica da Radio France, conduzida por Mikko Franck.
>>> Auditório da Radio France — Paris, 14 junho 2024.
quinta-feira, março 27, 2025
Paul Thomas Anderson & Leonardo DiCaprio
One Battle After Another, o novo filme de Paul Thomas Anderson, protagonizado por Leonardo DiCaprio, só deverá chegar às salas de todo o mundo em finais de setembro. Tal não impede que o seu trailer seja um acontecimento que vale por si — com música de Jonny Greenwood!
segunda-feira, março 24, 2025
George Clooney na Broadway
Foi um dos grandes filmes de 2005, sendo também um dos momentos mais altos da carreira de George Clooney, aqui acumulando tarefas de produtor, realizador, argumentista e intérprete: Boa Noite, e Boa Sorte evoca a saga do jornalista da CBS Edward R. Murrow que, em 1953, através do seu programa na CBS, teve a coragem de denunciar as manobras do senador Joseph McCarthy e a "caça às bruxas" que, em nome de uma sinistra "depuração" ideológica, dilacerou muitos sectores da vida americana (incluindo Hollywood).
Pois bem, reactivando os ecos simbólicos de Good Night, and Good Luck, Clooney surge agora, na Broadway, com a versão teatral do seu filme. A esse propósito, deu uma entrevista a Jon Wertheim, para o programa 60 Minutes (CBS) — uma boa reportagem e também um conjunto de oportunas pistas de reflexão sobre a arte e a política, ou melhor, sobre a dimensão inevitavelmente política do trabalho de artistas e jornalistas.
sábado, março 22, 2025
Dia Zero ou o apocalipse político
Simplifiquemos: no seu muito elaborado brilhantismo, a série Dia Zero [Netflix] é uma variação de invulgar contundência e eficácia sobre as matrizes da clássica ficção liberal do (também clássico) cinema de Hollywood.
A saber: uma personagem que encarna a Lei e, mais do que isso, emana dos seus valores — o ex-Presidente dos EUA interpretado por Robert De Niro — assume uma missão em que, precisamente, a pureza da aplicação dessa mesma Lei pode ser prevertida.
Com uma dinâmica realização da veterana Lesli Linka Glatter, Dia Zero integra diversos elementos (a aliança política/televisão, a ditadura dos "fazedores" de opinião, a vertigem tecnológica, etc.) que espelham as atribulações do nosso presente, sem nunca ceder a sermões politicamente correctos. E também mostrando que as lições do thriller mais sofisticado constituem uma herança a ter em conta para lidar com o apocalipse do próprio conceito (também clássico) de política.
Bringing It All Back Home faz 60 anos
É o album de Bob Dylan que abre com a canção Subterranean Homesick Blues, filmada por D. A. Pennebaker num lendário teledisco, antes de haver telediscos [video]. Com um lado A eléctrico e um lado B acústico — e com as polémicas que tudo isso desencadeou, aliás evocadas no documentário Dont Look Back, de Pennebaker. Bringing It All Back Home foi lançado no dia 22 de março de 1965 — faz hoje 60 anos.
Vijay Iyer e Wadada Leo Smith
— o piano e o trompete
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Vijay Iyer e Wadada Leo Smith |
O piano de Vijay Iyer e o trompete de Wadada Leo Smith prosseguem, renovam e reinventam a sua mágica aliança. Com chancela da ECM, aí está Defiant Life, álbum liminarmente introspectivo com uma abrangência a que apetece chamar sinfónica — jazz em estado puro. Eis o tema Procession: Defiant Life.
quinta-feira, março 20, 2025
Ravel por Seong-Jin Cho
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Seong-Jin Cho [ FOTO: Christoph Köstlin / Deutsche Grammophon ] |
Nascido em 1994, em Seul, Seong-Jin Cho foi o primeiro sul-coreano a vencer o Concurso Internacional de Piano Frédéric Chopin, em 2015. De então para cá, os seus concertos, a par de um frondosa discografia com chancela da Deutsche Grammophon (além de Chopin, também Handel, Brahms, Schubert, etc.), transformaram-no numa referência incontornável da arte pianística contemporânea. O seu álbum mais recente é dedicado a composições de Maurice Ravel (1875-1937) e corresponde a uma estreia pessoal: pela primeira vez, Seong-Jin Cho grava uma obra completa de solos para piano.
>>> Jeux d'eau + uma breve apresentação de Ravel pelo próprio pianista.
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